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Shantala é o nome adotado por nós para designarmos essa tão sutil quanto poderosa massagem. Oriunda da Índia, prática milenar, onde não tem nenhum nome específico.
O médico francês Frédèrick Leboyer aprendeu, fotografou a Shantala que veio a se tornar título do seu livro onde ele coloca toda a técnica. Lá é passada de mãe para filha. Ao introduzir a massagem aqui no Brasil em 1978 eu também estimulei os papais a aplicarem essa prazerosa massagem em seus bebês.
Eu sempre achei a Shantala uma maravilhosa extensão do meu trabalho, já que preparo gestantes e participo dos partos com propostas de serem os mais humanizados possíveis. Assim posso começar a preparar o bebê desde o ventre.
Na vida intra-uterina ele passa por experiências de contato íntimo e completo com a mãe. Ele se sente amparado, amado, seguro. O tato é o maior órgão e o mais desenvolvido no bebê já nessa fase. E essas trocas são necessárias para a sua estabilidade física, emocional e energética.
Os movimentos do corpo da mãe, bem como as contrações uterinas ainda na gestação são as primeiras massagens que se intensificam no trabalho de parto, provocando uma grande preparação para a primeira inspiração do bebê.
A massagem é diária, a partir de 1 mês de idade, tem uma sequência, uma direção a serem seguidas que dão a base da intenção para a qual ela existe.
Baseando-se nos canais e centros energéticos do corpo. Se observarmos isso teremos um retorno 100% benéfico para o bebê.
Só o fato de se propor a tocar o bebê já traria grandes benefícios. Numa pesquisa feita com coelhos nos EUA, os cientistas queriam ver como se contaminariam os animais dando comidas contaminadas com radioatividade.
Qual não foi a surpresa ao constatar que um dos grupos não apresentaram nenhuma contaminação. Repetiram várias vezes, tudo igualmente e sempre acontecia daquele grupo não se contaminar.
Ao investigarem descobriram que o que diferenciava era o carinho com que o rapaz que cuidava dos coelhos passava, por gostar muito deles, pegava-os no colo, acariciava-os e isso aumentava tanto a imunidade deles que não os deixava se contaminar.
E, é, isso o que acontece com a massagem nos bebês, o toque, o carinho provoca um aumento da auto-estima e consequentemente da imunidade.
Como a massagem é feita diariamente é importante manter um ritmo. Atua sobre todo o sistema neurológico equilibrando-o. Desenvolve o coordenação motora. Atua ainda sobre a musculatura, articulações.
Alonga e promove eliminação de tensões, bloqueios. Previne e alivia as cólicas intestinais. Facilita um sono tranquilo e profundo. Enfim, transforma o bebê num bebê saudável em todos os aspectos.
Ao fazer a massagem a mãe (pai) conversa com as mãos e o olhar.
É fundamental desenvolver esse outro diálogo e fazer a massagem em silêncio. O ambiente deve estar aquecido e agradável. Pode ter uma música suave de fundo, que facilitará a interação.
Todos os bebês podem ser massageados desde 1 mês e até quando ambos quiserem. Não tem limites. Pode-se iniciar em qualquer idade. Respeitar a vontade e a disponibilidade do bebê é que é o grande segredo. Nada de imposição! A pessoa que faz também, além de se preparar adequadamente, relaxando, se transformando num canal para passar a energia vital, também usufrui desses momentos.
Essa troca é inevitável porque a massagem deve ser feita sobre as pernas da mãe (pai), mantendo assim uma proteção muito grande por estar dentro do campo aurico de quem faz. É realmente um ritual de paz de segurança, de tranquilidade e de amor. É o Yoga do bebê, de profunda meditação.
A criança que recebe amor na infância será um adulto equilibrado,sem traumas e que transmitirá sentimentos altamente elevados para com os seres humanos e toda a natureza.