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( Rafael Dias Borges )
O silicone livre nas mamas, após o rompimento da prótese mamária, não causa câncer. Por outro lado, pode dificultar o diagnóstico de um câncer de mama previamente existente.
Essas informações são importantes para pacientes com próteses de silicone das marcas PIP e ROFIL, que foram recentemente orientadas a realizar, obrigatoriamente, exames de imagem.
- Temos que verificar a integridade dos implantes e programar a troca dos mesmos. A ressonância é o melhor exame para obter uma avaliação à respeito, embora a ecografia mamária, quando executada por médico treinado e com experiência, também é outra alternativa acessível - resume a médica da MAMORAD, Bianca Silva Marques
As diretrizes sobre a necessidade dos exames foram definidas em comum acordo entre o Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Mastologia, Agência Nacional de saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
- Não devemos nos perder nos implantes, mas buscar o foco para as mamas, prevenção e exames de qualidade - completa a diretora médica da MAMORAD, Radiá Santos.
A maioria dos casos de rompimentos pode não apresentar sintoma, assim como sinal anormal nos exames físicos.
Sendo assim, torna-se imprescindível a realização de exames por imagem, em especial ecografia e ressonância magnética para verificação da integridade dos implantes.
O objetivo é evitar a ruptura silenciosa e futuros danos à saúde da paciente.
A ressonância magnética, nestes casos, deve ser de campo fechado, e não há necessidade de contraste.
O rompimento da membrana, que envolve o implante e o extravasamento de seu conteúdo, pode ser retido ou não pela cápsula fibrosa que envolve a prótese.
Se este conteúdo passa pela cápsula, se direciona para o parênquima mamário e pode alcançar a rede linfática.
Sinais inflamatórios locais, deformidades, presença de nódulos nas axilas, desconforto e dores na mama podem ser importantes para identificar o problema e a conduta mais adequada para cada caso.