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(Marcelo Matusiak)
Os números dos últimos anos acendem um sinal de alerta contra a doença.
O coeficiente de casos confirmados para cada 100 mil habitantes saltaram de 1,49 para 3,5 em menos de um ano (2011-2012).
A totalidade dos casos com óbito ocorreu em menores de um ano de idade, com 6 mortes contabilizadas até agora.
Segundo o responsável pelo Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Fabrizio Motta, a vacinação é a melhor forma de prevenção.
"Mesmo adolescentes e adultos devem realizar um reforço com a vacina, principalmente aqueles que terão contato intimo com crianças menores de 1 ano. As gestantes também devem realizar a vacina a partir de 20 semanas de gestação. Além disso, devemos evitar contato com pessoas com coqueluche ou suspeita, até este paciente completar pelo menos 5 dias de antibiótico com ação contra a bactéria da Coqueluche" explica.
Um outro alerta que a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul faz é a importância da notificação para a Vigilância de Saúde do município. Essa medida faz com que sejam investigados casos adicionais, impedindo a disseminação da doença.
Segundo o médico, Fabrizio Motta, o tratamento mais indicado é com antibióticos da classe dos macrolideos (azitromicina, eritromicina ou claritromicina) e em casos especiais pode-se utilizar o sulfametoxazol-trimetiprim.
"Além do uso de antibióticos alguns pacientes podem apresentar quadros mais graves (com apnéia e cianose), necessitando de hospitalização e algumas vezes até de tratamento da unidade de terapia intensiva", completa.
A Coqueluche apresenta um comportamento sazonal, com picos de manifestação nas estações de primavera e verão.
Os números apresentam também crescimento em outros municípios da Região Metropolitana.