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A primeira observação de que alguns medicamentos ou produtos químicos poderiam atuar em tumores aconteceu na Segunda Guerra Mundial.
Após vazamento de gás mostarda (arma química), pessoas com tumores que ficaram expostas ao gás tiveram redução nesses tumores.
Sendo assim, a quimioterapia é um tratamento que utiliza medicações específicas, as quais têm propriedade de atuar inativando ou destruindo as células tumorais.
A inserção dos medicamentos quimioterápicos na estratégia de tratamento do câncer pode ser feita de várias formas.
Em casos de tumores grandes, que não podem ser retirados com cirurgia, a quimioterapia pode ser utilizada para reduzi-los, a fim de serem operados posteriormente.
Depois da retirada cirúrgica de um tumor, a quimioterapia pode ser útil para eliminar células "escondidas" em outros órgãos e que não podem ser detectadas através dos exames habituais.
Também pode ser feito o tratamento quimioterápico exclusivo e isolado, como é o caso das leucemias e linfomas, que são tumores com grande potencial de cura.
O ideal é tratar o câncer no estágio inicial, mas a quimioterapia pode ajudar mesmo quando a doença já está em um estágio mais avançado.
Graças a esse método, mais da metade dos casos de câncer já tem cura.
A quimioterapia deve ser orientada por profissionais qualificados na área de oncologia clínica, e os medicamentos devem ser preparados e manipulados sob critérios rigorosos de controle de qualidade.
As sessões são feitas, geralmente, em regime ambulatorial, e em raras situações é necessário o internamento do paciente.
O tratamento quimioterápico deve ser planejado, entre outros aspectos, de acordo com o tipo de tumor e a extensão da doença.
As infusões poderão ser diárias, semanais ou mensais, obedecendo aos intervalos programados pelo médico.
A duração depende, entre outras coisas, da resposta do tumor às drogas utilizadas. O paciente pode receber a medicação por via endovenosa (na veia), intramuscular (dentro do músculo), subcutânea (na região acima do músculo) ou oral.
Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica, mas o tratamento deve ser bem orientado pelos médicos.
Como qualquer outro medicamento ou procedimento médico, esse tratamento pode trazer efeitos colaterais graves.
Isso acontece porque as drogas atuam em todos os locais do corpo, atingindo tanto as células tumorais quanto as normais, o que pode provocar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, queda de cabelo, entre outros.
A ocorrência desses efeitos depende dos tipos de medicamentos prescritos e do próprio organismo da pessoa.
A novidade, nos dias de hoje, é o tratamento direcionado, em que os remédios só atuam na célula cancerígena, o que reduz significativamente a toxicidade.