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Os dentes decíduos ou "dentes de leite" como são comumente chamados, são assim denominados em decorrência de sua coloração branco-leitosa.
Um outro aspecto a ser observado corresponde à origem da palavra decíduo, que origina-se do latim deciduu e significa caduco, aquele que vai cair.
Ou seja, os "dentes de leite" seriam dentes da primeira dentição, cuja principal responsabilidade seria "guardar" espaços para os dentes permanentes.
Os primeiros dentes de leite devem nascer em torno do sexto mês de vida do bebê.
Até os 5 anos a criança já deverá possuir os vinte dentes de leite que compõe a primeira dentição.
Todavia, apesar dos avanços observados no campo odontológico, no que se refere a materiais e técnicas restauradoras inovadoras, muitos pais não reconhecem a importância em se ter dentes decíduos para alcançar uma condição de saúde geral adequada e, principalmente, apresentar uma dentição permanente saudável.
Na realidade, o que se observa, de maneira geral, é que não existe, por parte da população, e grande parte dessa culpa cabe a nós profissionais, cirurgiões-dentistas, uma maior educação com a saúde bucal como parte integrante da saúde geral do indivíduo.
Portanto, imagina-se que os "dente de leite" por serem temporários, isto é, irão "cair", dando lugar a dentes novos, bonitos e maiores, não necessitam de cuidados, sejam eles preventivos ou restauradores, e que os seus sucessores, no caso os dentes permanentes é deverão receber os cuidados necessários.
E não adianta pensarmos que se trata apenas de parte da população, mas sim da grande maioria da população brasileira, independente do credo, raça ou classe social, visto que é fato comum "madames" nos procurarem aflitas, trazendo-nos seus filhos pequenos ao consultório e nos depararmos com um quadro de "cárie de mamadeira", que se caracteriza pela presença de vários elementos atingidos por cárie, tendo como fator etiológico principal, hábitos alimentares e de higiene incorretos.
Ou seja, pais que mesmo possuindo nível de instrução maior do que a grande maioria, apresenta nível de educação odontológico baixo.
Portanto, cabe a nós, profissionais de saúde, dentistas ou não, mudarmos esta mentalidade e, em especial, aos odontopediatras e pediatras, instalando nas crianças, bem como nos seus pais, atitudes positivas para que desenvolvam, e acima de tudo, estabeleçam hábitos corretos de higiene (escovação, uso do fio dental, flúor, etc...) e, principalmente, incurtir uma mentalidade preventiva, onde a saúde bucal seja vista como parte integrante da saúde geral e não como fator isolado.