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( Michele Vieira )
Para muitos pais e mães, cumprir o calendário de vacinação infantil é o suficiente para proteger os filhos pequenos.
O que a maioria não sabe, é que o risco de contaminação pode estar mais próximo do que se imagina.
A coqueluche, doença infecciosa conhecida como tosse comprida, é transmitida por gotículas respiratórias da pessoa contaminada.
Por isso, o espirro, a tosse e, até mesmo, os momentos de carinho dos jovens e adultos da própria família podem oferecer riscos à saúde do bebê. E a única forma de prevenir a doença é a vacinação.
Segundo a infectologista do Sabinvacinas, Ana Rosa dos Santos, os recém-nascidos são os mais vulneráveis. “Antes da primeira dose da vacina Tríplice Bacteriana ser efetuada nos primeiros dois meses de vida, o bebê está totalmente exposto à contaminação. Até os 12 meses a criança não está completamente protegida”, explica.
De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, a maior incidência da doença é em crianças com menos de um ano e todas as mortes ocorreram em menores de seis meses.
Os dados revelam que pais e irmãos mais velhos são responsáveis por 67% da transmissão da coqueluche para o bebê.
Além da vacina Tríplice Bacteriana, recentemente, foi lançada no Brasil a Adacel Quadra, dose de reforço contra a coqueluche, tétano, difteria e poliomielite inativada (tipos I, II e III).
A nova vacina foi desenvolvida para garantir a imunização de adolescentes e adultos, com o objetivo de proteger recém-nascidos da coqueluche.
A estratégia, chamada de “Cocoon” (casulo, em inglês), recomenda a vacinação de reforço nas pessoas que têm contato com os bebês.
Para a doutora Ana Rosa dos Santos, o reforço da vacina em adultos exerce papel fundamental na prevenção da coqueluche.
“Além de se protegerem, eles interrompem a cadeia de transmissão da doença”, afirma a infectologista.
O esquema de imunização exige uma dose de reforço a cada dez anos.
A vacina Adacel Quadra pode ser tomada a partir dos três anos de idade, como reforço do esquema primário de imunização, e é recomendada para mães (antes da gravidez ou após o parto), pais e outros membros da família, profissionais da saúde e babás, além de adultos que desejam reforçar sua imunidade contra coqueluche ou poliomielite inativada em decorrência de viagens a países com risco de contaminação.