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Verão combina com banhos de mar e mergulhos na piscina, mas todo cuidado é pouco: a água contaminada é responsável pelo aumento dos casos de otite externa – também conhecida por _inflamação do nadador_, atingindo pessoas de todas as idades.
Segundo o médico Leandro Franchi, diretor do Hospital CEMA, a otite externa é a causa mais frequente dos atendimentos realizados no pronto-socorro do hospital.
_Os casos triplicam nesta época do ano_, afirma o médico.
De acordo com o especialista, a doença se caracteriza pela inflamação da pele existente antes do tímpano, causada pelo acúmulo de água no canal do ouvido.
_A água molha a cera dentro do ouvido, formando uma esponja que retém a água e a umidade dentro do canal. Essa água represada é o meio ideal para a proliferação de bactérias, causando a infecção_, explica o médico.
Dor aguda e inchaço no condutor auditivo são os sintomas mais comuns e algumas pessoas apresentam também secreção purulenta (pus). Mas não causa febre.
_A dor forte e intensa é o sintoma mais comum_, comenta Franchi.
Secar o ouvido com cotonetes ou tentar aliviar a dor com pequenas compressas de algodão embebido em óleo quente são as piores práticas para quem está com otite externa.
_Isso só agrava o problema_, adverte o médico.
Segundo ele, o melhor a fazer é procurar atendimento especializado ao primeiro sinal de dor ou desconforto.
_Quem foi à piscina ou ao mar e está com a sensação de água no ouvido deve procurar o otorrinolaringologista para avaliação correta. Ninguém deve pingar ou usar nada sem orientação médica_, enfatiza Leandro Franchi.