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Desde o momento em que o bebê encontra-se no útero, não existe um instante de união maior entre dois seres.
Tanto assim que o bebê vive dos nutrientes maternos transformado-os, praticamente, uma só pessoa.
Mas, desde o momento que nasce, o bebê começa seu desenvolvimento fora do útero e o contato íntimo distancia-se pouco a pouco.
Mesmo que isso seja absolutamente natural, mãe e filho são dois organismos completamente individuais desde o nascimento, mas o contato físico não tem por que ser reduzido as trocas de fraldas o ao momento da amamentação.
Isso é o que sustenta os seguidores de uma técnica hindu de massagens para bebês denominada Shantala.
Maria de Lourdes da Silva Teixeira, professora de yoga para gestantes, explica que “na vida intra-uterina, o bebê, passa por experiências de contato íntimo e completo com a mãe. Ele sente-se amparado, amado, seguro ... os intercâmbios são necessários para sua estabilidade física, emocional e energética”.
História
A história desse técnica surge na cidade de Kerala, sul da Índia, onde o obstetra francês Frederick Leboyer observou como uma mãe da região massageava cuidadosamente seu bebê.
A mulher em questão chamava-se Shantala e o cientista, a partir dessa experiência, escreveu em 1976 um livro entitulado “Shantala: um art traditionnel, le massage des enfants” (Shantala: uma arte tradicional, a massagem de bebês).
Assim como aquela mãe, que demonstrava através da massagem o afeto por seu filho, os praticantes dessa técnica seguem uma ordem para percorrer o corpo do pequeno e massagear suavemente, levando em consideração que suas estruturas são muito delicadas e não suportam pressões elevadas.
A especialista em Yoga explica que “a massagem é diária, a partir de um mês de idade, tem uma seqüência e formas específicas de serem praticadas”. Também é importante o ambiente na qual ela se realiza, um lugar confortável e ventilado ou, inclusive, pode ser realizado ao ar livre em dias agradáveis”.
É conveniente que haja um espaço silencioso, tranqüilo e deve-se aproveitar o silêncio para desenvolver outros tipos de comunicação com o bebê.
Para que?
Além da sensação de estar transmitindo energia para o bebê, os praticantes da Shantala asseguram que as massagens podem contribuir na melhoria da digestão do nenê, tonificação e fortalecimento dos músculos, além de relaxar e facilitar o descanso dos pequenos.
A especialista agrega: “atua sobre todo o sistema neurológico, equilibrando-o, desenvolvendo a coordenação motora, previne e alivia cólicas intestinais, em fim, o bebê fica mais saudável em todos os sentidos”.
“É um ritual de paz e segurança, tranqüilidade e amor. É a Yoga para o bebê. A criança que recebe amor na infância será um adulto equilibrado, sem traumas e que transmitirá sentimentos altamente elevados para com os seres humanos e toda a natureza”, conclui.