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( Rafael Dias Borges )
A nova técnica, chamada de Mamotomia (biópsia a vácuo) por Ressonância Magnética, permitiu a identificação de um carcinoma em uma paciente de 54 anos.
O exame detecta lesões que podem estar ocultas aos exames de mamografia e ultrassom, e ainda permite a realização de biópsia dos nódulos encontrados.
Com o auxílio de equipamentos especiais, a paciente consegue saber se lesões milimétricas apresentam perigo à saúde.
- A nova tecnologia já trouxe resultados. Na semana passada, diagnosticamos nosso primeiro caso de um carcinoma in situ de mama. Uma lesão de nove milímetros, que não seria vista por outros procedimentos e não seria palpável no exame de toque - esclarece o médico radiologista da Serdil Radiologia, Rogério Duarte.
A Serdil Radiologia recentemente se tornou a pioneira no Rio Grande do Sul a efetuar exames com a tecnologia conhecida como Biópsia Mamária guiada por Ressonância Magnética (Mamotomia).
Apesar de ser um antigo aliado no diagnóstico do câncer de mama, o autoexame deve ser visto com cautela já que sozinho ele não garante a boa saúde da paciente.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Rio Grande do Sul é o segundo estado com a maior incidência de câncer de mama no Brasil, apresentando 81,5 casos a cada 100 mil mulheres.
O autoexame é um aliado forte na luta contra este problema, sendo responsável pela detecção de 4 entre cada 10 aparições.
Porém, este procedimento não certifica o diagnóstico seguro, pois apenas detecta nódulos avançados que medem de um a dois centímetros.
- A sensibilidade e especificidade do autoexame são baixas. A paciente pode ter uma lesão ainda não palpável. Se o nódulo medir mais de um centímetro, existe risco maior de haver o comprometimento dos gânglios axilares e, consequentemente, da disseminação pelo corpo, reduzindo a chance de cura da paciente - esclarece o médico Rogério Duarte.
As campanhas que conhecemos a respeito do exame de toque, amplamente divulgadas no Brasil, não são mais propagadas pelo INCA.
Justamente para evitar que, ao não encontrar nenhum caroço durante o exame, a mulher tenha uma falsa sensação de que está saudável, evitando assim as consultas com um médico.
O diagnóstico correto é constatado apenas por um profissional da saúde, auxiliado por exames periódicos de imagem.
Ainda assim, a palpação das mamas é uma ferramenta importante no combate ao câncer, mas sempre deve ser acompanhada do monitoramento com exames de mamografia, ultrassom e ressonância magnética.
Estas técnicas salvam vidas, pois detectam lesões milimétricas que, quando mais cedo diagnosticadas, maior as possibilidades da mulher restabelecer as condições de vida ideais, com saúde e bem-estar.
Uma alimentação saudável aliada à prática de exercícios físicos, assim como a redução do consumo de álcool, tabagismo e do sedentarismo podem ser fatores importantes para a prevenção do câncer de mama.
Mesmo assim, a mulher deve realizar exames de diagnóstico por imagem periodicamente.
Também é necessário conhecer o próprio corpo, realizando o autoexame mensalmente e, caso sinta algum "carocinho", deve-se consultar um médico com urgência.