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Um procedimento cirúrgico muito difundido atualmente é a lipoaspiração. Vista como a salvação da pátria para quem não consegue emagrecer, traz consigo uma enormidade de mitos, muitas vezes sugeridos pela própria divulgação na mídia. Um dos principais mitos é o de que a lipoaspiração não é uma cirurgia e que portanto não apresenta riscos.
A lipoaspiração é um procedimento cirúrgico, que exige profissional habilitado, avaliação pré-operatória adequada e instrumental específico. Como procedimento invasivo que é, tem que ser muito bem indicado para que o paciente não fique frustrado com os resultados, além disso apresenta um edema (inchaço) prolongado e seus resultados definitivos são percebidos após 4 a 6 meses.
É muito comum quando uma pessoa aparentemente magra diz que vai submeter-se à uma cirurgia de lipoaspiração ouvir-se o comentário de que ela é louca, pois é magra e não precisa disso. Exageros à parte, a lipoaspiração realmente tem a sua melhor indicação para a pessoa que está próxima do seu peso ideal, mas que apresenta alguns depósitos de gordura localizada, aquela gordurinha que não sai com ginástica e que parece aumentar de tamanho quando queremos usar uma roupa mais justa ou ir à praia.
A lipoaspiração não pode ser feita aleatoriamente, retirando-se grandes quantidades de gordura sem critério. O risco do procedimento vai aumentando com o aumento da quantidade de gordura retirada, sempre há perda de sangue associada, além de alterações metabólicas pelas próprias perdas e pela infiltração de soluções anestésicas com substâncias vasoconstritoras.
Isso não quer dizer que o paciente acima do peso não possa ser submetido à lippoaspiração, mas que ele deve estar ciente de que essa cirurgia não visa o emagrecimento, mas sim melhorar o contorno corporal. Um paciente acima do peso pode ter um ganho, como a redução do volume de gordura abdominal, que lhe traga mais conforto ao usar suas roupas ou ao sentar-se no carro, enquanto continua o seu tratamento para perder peso.
Outro mito é que a lipoaspiração substitui a correção cirúrgica clássica do abdomem, a dermolipectomia abdominal, pois quando há flacidez de pele e da musculatura do abdomem a lipoaspiração não trará o mesmo resultado, podendo ainda piorar a flacidez da pele.
A lipoaspiração é um ótimo procedimento, quando bem indicado e quando o paciente for bem esclarecido de todos os cuidados e procedimentos auxiliares que podem ajudá-lo na sua recuperação pós-operatória.