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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo dos Estados Unidos, que é o principal órgão de estatísticas e de prevenção da Saúde anunciou (em 23/12/2003), que o número de filhos nascidos de mães adolescentes caiu 30% ao longo dos últimos 20 anos, atingindo o nível jamais antes alcançado de 43 nascimentos de filhos de adolescentes por mil nascimentos em geral.
As adolescentes negras foram as que tiveram o maior declínio, conseguindo uma queda de 40% desde 1991.
Como houve uma queda no número de gravidezes, houve também uma diminuição do número de abortos entre adolescentes.
Segundo o Instituto Alan Guttmacher, que é uma organização não governamental, que estuda a fecundidade, também informou na mesma ocasião que entre as americanas de 15 a 19 anos, o índice de gravidez caiu de 11,5 por mil em 1991 para 8,5 em 1999, o último ano com estatísticas disponíveis (dados de 2003).
Em relação o índice de aborto nessa faixa etária houve uma queda de 40 por mil, em 1990 para 24 em 1999.
Para reduzir esses índices as campanhas educacionais, e de conscientização sobre a AIDS ajudaram, particularmente entre as garotas negras, que têm os maiores índices da doença.
Reivindicam o crédito para o sucesso dessas estatísticas a campanha apoiada pelo governo, e pela Igreja Católica e outras sobre a educação focada na abstinência, que ensina que evitar o sexo é a única maneira de evitar a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis.
Esse tipo de orientação não podem aconselhar o uso de anticoncepcionais, para reduzir o risco de gravidez ou preservativos para evitar a transmissão de doenças.
Em 2003, o governo federal americano gastou US$ 117 milhões em educação voltada à abstinência, mas mesmo assim só foi adotado por 35% dos distritos educacionais americanos.
No Brasil, todo o gasto para a Saúde tem a verba de 10 bilhões de dólares, portanto essas verbas para educação sexual são pequenas.
No Brasil, a educação sexual é mais abrangente, pois prega que embora a abstinência seja preferível, os jovens precisam de informação sobre sexo e contracepção, informando sobre o chamado sexo seguro com camisinha e com anticoncepcionais, admitindo uma ampla prática sexual difícil de reprimir num país tropical, e principalmente em regiões mais pobres.
VM Simões e colaboradores, da Universidade Federal do Maranhão, constataram que 2.429 mulheres que deram a luz, 714 (29,4%) eram adolescentes.
Esse índice em São Luiz é maior do que em outras regiões e capitais do país, a maioria não tinha companheiro fixo, e não faz pré-natal adequado.