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Fimose, ao contrário do que muitos dizem e pensam, é estritamente a incapacidade de expor completamente a glande (cabeça do pênis).
Expor a glande significa poder "descobrir" a "cabeça" do pênis, espontaneamente ou manualmente, com o pênis flácido ou ereto.
A não exposição da glande dá-se por aderência desta ao prepúcio (pele que recobre a cabeça do pênis) ou por estreitamento do orifício prepucial.
Na prática, em linguagem popular, fimose é quando você não consegue "abrir" o pênis, ou seja, puxar a pele para trás e descobrir a "cabeça".
Causas
A origem é congênita ou adquirida e atinge tanto crianças quanto adultos.
É importante lembrar que 90% dos meninos nascem com o prepúcio aderido à glande, com a finalidade de proteger tanto ela quanto o meato uretral, abertura da uretra por onde passam a urina, a ejaculação e líquidos parietais.
Aos seis anos de idade, a maioria dos meninos já terá sua glande naturalmente descolada do prepúcio.
Conseqüências
O não tratamento da fimose pode trazer complicações locais do tipo PARAFIMOSE, que é o estrangulamento da glande pelo prepúcio de orifício estreito.
A fimose não tratada também dificulta a higiene local, favorece o aparecimento de infecções e é altamente relacionada com o desenvolvimento de câncer do pênis.
A presença da fimose não altera o desenvolvimento do pênis.
Freqüentemente se confunde a fimose com o excesso de pele ou o encurtamento do freio (cabresto) do pênis. Aliás, o cabresto ou freio do pênis é uma estrutura normal, presente em todos os homens, que liga a glande ao prepúcio e tem a função de limitar os movimentos do prepúcio durante o coito.
Não é obrigado que se rompa na primeira relação como muitos pensam; o normal é que ele nunca se rompa.
O excesso de pele prepucial só deve ser operado (retirado) se traumas ou infecções freqüentes se desenvolvem durante ou logo após o coito. O mesmo se aplica ao freio do pênis. O tratamento da fimose é sempre cirúrgico.
No adulto, a cirurgia (postectomia ou circuncisão) é feita ambulatorialmente, sob anestesia local (injeção na base do pênis) e dura cerca de 30 minutos.
Depois da cirurgia, o repouso relativo deve ser de um à três dias e relações sexuais após 30 dias.
Os pontos rompem-se espontaneamente em cerca de 15 dias.
Recentemente, surgiram alguns estudos sugerindo uma alternativa para o tratamento da fimose na criança; em vez da cirurgia, empregar-se-ia um creme à base de corticóides, diretamente sobre o prepúcio, durante algumas semanas.
Os resultados preliminares sugerem uma significativa taxa de sucesso. É claro que nem todos os pacientes serão candidatos ao tratamento tópico.
Tratamento inadequado pode piorar quadro clínico
Na criança, é comum a indicação da prática de "exercícios" nos quais os pais puxam o prepúcio sobre a glande, numa tentativa de romper as aderências.
Tal prática deve ser evitada visto, que causa roturas no prepúcio, agravando a condição.
O correto é levar a criança ao urologista para que este decida entre esperar a resolução espontânea das aderências ou indicar o tratamento adequado.
Se você acha que seu prepúcio ou freio do pênis tem alguma alteração ou o atrapalha sexualmente de alguma forma, o correto é ser examinado por um urologista.