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Quando se fala de estresse, pensamos em uma doença só dos adultos, porém essa não é a realidade. As brigas entre os pais, a mudança de casa ou de escola, a exigência de conhecer novos amigos e as excessivas tarefas, também podem transformar as crianças em vítimas deste problema.
O doutor Tito Antonio Rosan, psiquiatra, presidente da Fundação para a Pesquisa do Déficit Atencional e Hiperquinesia e diretor da Clínica Heras S.A. em Buenos Aires, Argentina, vem dizendo há anos que as exigências que suportam as crianças, "sobre tudo as tendências centrífugas que afetam o núcleo familiar atual e também os excessivos estímulos relacionados ao aprendizado nas escolas constituem fatores de risco que podem provocar estresse infantil".
O mesmo diz a psicóloga mexicana Aurora Jaimes; \"em certas sociedades e núcleos existem muitas exigências acadêmicas, relacionadas com o esporte e o estudo, que requerem esforço e dedicação constante para obter um primeiro lugar na escola, sendo estas obrigações uma fonte de estresse\".
Os pais devem trabalhar para manter o lar e esta atividade pode demandar muito tempo fazendo com que tornem-se em indivíduos ausentes na casa, que só exijam o rendimento das crianças sem apoio afetivo. Esto ultimo é vital para evitar o estresse e poder perceber o que o filho sente.
As causa mais freqüentes de estresse infantil são:
* Disfunção familiar, separação ou abandono dos pais.
* Mudança da casa, cidade o escola.
* A chegada de um novo irmão.
* Dificuldades de adaptação social.
* Morte de algum parente.
* A competitividade e a exigência nas escolas.
Condutas alarmantes
Os sintomas do estresse nas crianças menores de cinco anos:
* Irritabilidade
* Choro mais do usual.
* Desejo de estar sempre nos braços
* Pesadelos.
* Medos excessivos à escuridão, aos animais ou à estar sozinhos.
* Mudanças no apetite.
* Dificuldades na fala.
* Retorno a comportamentos infantis já superados, como urinar na cama ou chupar o dedo.
Os sintomas do estresse nas crianças de entre 5 a 11 anos são:
* Irritabilidade.
* Agressão.
* Choros.
* Necessidade de chamar a atenção dos pais competindo com os irmãos.
* Apresentar dores físicas sem existir doenças.
* Afastamento dos colegas.
Aurora Jaimes explica que os pais devem estar atentos à alguma das manifestações e no caso que assim seja, recorrerr ao profissional, \"dado que o desenvolvimento da criança pode ser afetado\".
A doutora Brenda Rivera, psiquiatra e psicoterapeuta do Hospital Angeles del Pedregal, na cidade de México aconselha que quando a criança tem estresse \"o primeiro passo que deve ser dados pelos pais é de se acalmar e dar-lhe segurança, demostrando que conta com o apoio que eles precisam\".
Se o estresse chega a passar desapercebido pelos pais e não é tratada corretamente, corre-se o risco de que se desenvolva outro tipo de patologias associadas, como a depressão. Isto pode ser evitado se os paia tiverem tempo de olhar com calma o seu filho.