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Várias enfermidades ou condições que acometem desde o cérebro até a uretra, podem ser responsáveis pelo comprometimento da fertilidade masculina.
As Enfermidades primárias dos testículos são responsáveis por cerca de 35% das causas de ausência de espermatozóides no ejaculado ou alteração importante da qualidade do sêmen.
Vários são os fatores responsáveis:
- Síndrome de Klinefelter: anomalia congênita, com repercussões na esfera testicular, em que o cromossomo sexual é defeituoso.
- Criptorquidia: anomalia congênita, em que um ou ambos os testículos não migram para a bolsa escrotal, permanecendo aprisionados em algum lugar da cavidade abdominal durante o desenvolvimento fetal. Os testículos “não-descidos” possuem alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas, os espermatozóides.
- Varicocele: uma enfermidade das veias do escroto. Nada mais que varizes escrotais, ou seja, dilatações venosas que dificultam o retorno do sangue, fazendo com que este fique acumulado nas veias escrotais, dificultando o resfriamento testicular, já que as veias varicosas, ao permitirem o acúmulo sangüíneo, aumentam a temperatura testicular, o que é prejudicial à formação dos espermatozóides. Varicoceles costumam ocorrer na puberdade e são muito mais comuns do lado esquerdo. Nem todos que possuem varicoceles são inférteis, embora a varicocele seja a causa tratável mais comum de infertilidade.
- Defeitos do cromossomo Y: alterações da forma e constituição deste cromossomo sexual. Enfermidade detectada apenas em sofisticados testes de laboratório, acomete cerca de 20% dos homens inférteis. O defeitos do cromossomo Y provocam alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas sadias.
- Orquites virais, são infecções secundárias dos testículos, geralmente após um foco à distância. Um dos mais comuns é a parotidite (caxumba). Dos homens acometidos de caxumba, cerca de 20% desenvolvem orquite, de um ou ambos os lados. Destes, alguns terão como conseqüência a destruição das células germinativas, incapacitando a produção futura de espermatozóides.
- Orquiepididimites: infecções dos testículos e epidídimos, em conseqüência de doenças sexualmente transmissíveis, geralmente causadas por bactérias, dentre elas, a Chlamydia e o gonococo (gonorréia). Estas infecções poderão destruir as células germinativas ou obstruir os epidídimos.
- Intoxicação ou uso crônico de algumas substâncias como maconha, cetoconazol, cimetidina, antiandrogênicos, drogas antineoplásicas (quimioterapia para tumores malignos) podem ser responsáveis pela produção anormal tanto de espermatozóides quanto de testosterona pelos testículos. Exposição a agentes de contaminação ambiental como pesticidas, metais pesados etc., causam efeito semelhante.
- Radiações ionizantes, das quais os raios X são o representante mais conhecido, podem comprometer ou impedir a produção de espermatozóides, dependendo da dose a que o paciente se expôs.
- Hipertermia, ou seja, exposição prolongada dos testículos a altas temperaturas, como o que ocorre com os freqüentadores de saunas ou apreciadores de banhos quentes de imersão, bem como nas varicoceles, afeta adversamente a produção dos espermatozóides.
- Anticorpos anti-espematozóides, ou seja, anticorpos que atacam e destroem as próprias células reprodutivas, podem ocorrer espontaneamente ou como conseqüência de alguma agressão testicular.
- Traumatismos diretos, acidentais ou cirúrgicos sobre os testículos ou epidídimos, poderão comprometer a produção dos espermatozóides, por destruição da massa testicular ou afetar a permeabilidade ou função dos epidídimos.
- Torção do cordão espermático, ou seja uma urgência urológica de início súbito, ocorre quando o cordão espermático dá voltas sobre seu próprio eixo, estrangulando a circulação sangüínea testicular, o que provoca, se não for reparada a tempo, morte das células germinativas.
- Enfermidades crônicas debilitantes, ou seja, uma série de doenças que afetam o organismo como um todo, podem comprometer a função testicular. Como exemplos, podemos citar a desnutrição, anemia falciforme, cirrose hepática e insuficiência renal.