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Inúmeras observações, realizadas nas três últimas décadas, constataram a importância dos hábitos alimentares (dieta) na etiologia da cárie dentária.
A dieta compreende tudo aquilo que é ingerido pelo indivíduo, independente do seu valor nutricional. Portanto, os fatores dietéticos exercem influência direta/local sobre os dentes.
Reportando-nos a milhares de anos, observamos que antes da "Era do Fogo", a prevalência da cárie dentária era baixa, em decorrência da existência de uma dieta rica em alimentos fibrosos e frutas, além do fato de que todo os alimentos eram ingeridos crus.
Todavia, após a descoberta do fogo, e sua subsequente utilização para o cozimento dos alimentos, constatou-se um aumento percentual na prevalência da cárie dentária, resultante das modificações ocorridas na dieta humana.
Desde então, houve um aumento crescente da prevalência, cujo principal fator foi as transformações sócio-econômicas e culturais ocorridas em todo o mundo.
No Brasil, em especial, a indústria da cana de açúcar, ocasionou maior consumo de alimentos adocicados, os quais passaram ao alcance de toda a população, e não somente da corte e dos grandes proprietários de terras.
Atualmente, o consumo médio de açúcar estimado no Brasil é de 132 gramas pessoa/dia (dados de 2004).
É um consumo alto, visto que países como EUA e Portugal apresentam um consumo médio de 87 e 84 gramas pessoa/dia, respectivamente.
Na dieta familiar, o açúcar mais presente é a sacarose refinada, a qual é encontrada em produtos como balas, chocolates, refrigerantes, sucos industrializados, bolos, etc...
Um importante fator na prevenção da cárie dentária é a diminuição do consumo do açúcar.
Portanto, o aconselhamento dietético, visando alterações nos hábitos alimentares, é de suma importância para o paciente na prevenção e tratamento da cárie dentária.