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O Dia das crianças, comemorado no Brasil em 12 de outubro, é uma das datas mais aguardadas do ano pelos pequenos.
Tanta expectativa tem explicação: os presentes, principalmente brinquedos e jogos.
Eles são fundamentais para o desenvolvimento infantil, mas também podem representar riscos sérios para as crianças quando não adequados.
Por isso, os pais devem estar atentos na hora de escolher o que presentear os filhos.
Cuidados como respeitar a indicação etária na embalagem do brinquedo, verificar o selo do Inmetro e o tamanho das peças que integram os jogos ajudam a fazer com que as brincadeiras sejam mais seguras.
“No Brasil, acidentes são importante causa de morte de crianças com idades entre um e 14 anos; e mais: para cada óbito, outras quatro vítimas têm sequelas permanentes”, informa a pediatra Cristina Ortiz, diretora médica do Prontobaby – Hospital da Criança.
Embora não seja possível determinar quantos desses acidentes resultam diretamente de lesões com brinquedos, sabe-se que o número é alto e que a maior parte está relacionada à queda ou ao engasgo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de cem mil crianças menores de 14 anos são atendidas, anualmente, devido a acidentes com brinquedos.
Por isso, para garantir que este Dia das Crianças seja só de alegrias, ninguém precisa desmarcar o programa no parque com os brinquedos novos.
Medidas básicas preventivas no momento da escolha e do uso minimizam significativamente os riscos de acidentes.
A supervisão constante de um adulto durante as brincadeiras também é essencial.
Aqui vão algumas dicas da diretora médica do Prontobaby Hospital da Criança:
- Brinquedos devem ser apropriados à idade e ao nível de habilidade da criança. O ideal é sempre seguir a indicação etária do fabricante do produto.
- É fundamental conferir o selo do Inmetro comprovando que o brinquedo passou por testes de segurança e qualidade. “Não compre brinquedos sem certificação. Produtos irregulares oferecem riscos às crianças”, alerta Cristina Ortiz.
- Jogos com peças pequenas e partes destacáveis podem levar a casos de engasgo e sufocação e não são recomendados em nenhuma hipótese para os menores de três anos. Jogos com tintas também não são indicados.
- As correntes e “cordinhas” dos brinquedos não devem medir mais de 15 cm, por causa do risco de estrangulamento. Esse cuidado deve ser observado principalmente para crianças de até seis anos.
- Os materiais usados na fabricação de brinquedos não devem ser tóxicos. Mesmo assim, os pais devem ensinar que um brinquedo nunca pode ser colocado na boca.
- Bicicletas, patins e skates, os conhecidos “brinquedos de velocidade”, devem vir acompanhados dos itens essenciais de segurança como capacete, joelheira e luvas. “Ao presentear a criança com esses equipamentos, o adulto pode aproveitar para falar da importância de se divertir de maneira segura”, aconselha Cristina.
Como agir em casos de acidentes
Mesmo observando todos os cuidados destacados acima e contando com a supervisão constante de um adulto, a criança, ainda assim, pode se acidentar durante uma brincadeira; e nesse caso é fundamental saber como agir.
A diretora médica do Prontobaby recomenda que o pediatra seja acionado imediatamente para que as orientações corretas sejam passadas.
Por exemplo, quando uma criança engole a peça de um jogo, ela deve ser levada para o atendimento médico, pois pode ser necessário retirar o objeto por endoscopia.
“Quanto mais rápido o atendimento, mais eficiente ele será e menores serão também as possibilidades de sequelas”, resume Cristina Ortiz.