PUBLICIDADE
|
Seis em cada 100 bebês nascidos no Brasil são gerados antes de completar o período ideal de 37 a 40 semanas dentro do ventre materno.
Dos que nascem com idade gestacional inferior a 35 semanas, cerca de 15% são hospitalizados pelo VSR.
O Vírus Sincicial Respiratório, pouco conhecido pela maioria das pessoas -- principalmente se comparado ao enorme espaço dedicado pela opinião pública a outras viroses como o H1N1 e o vírus da Dengue – é o principal agente de infecções respiratórias em crianças menores de um ano de idade.
Em bebês prematuros, o risco de complicações e a taxa de hospitalização em decorrência da infecção pelo VSR é 10 vezes maior do que naqueles nascidos de gestações completas.
Apesar da doença não ser de notificação compulsória, estima-se um crescente aumento do número de caso de bronquiolite, principal manifestação clínica da infecção pelo VSR.
“O VSR é o principal responsável pela hospitalização de bebês prematuros no primeiro ano de vida“, alerta o neonatologista Renato Kfouri, diretor da SBIM, um dos mentores da Campanha “Prematuro Imunizado é Prematuro Protegido”, lançada este mês no Brasil como iniciativa inédita no mundo.
O Instituto Abrace (ONG formada por mães de prematuros) e a Abbott apóiam a iniciativa.
A falta de uma adequada orientação sobre a imunização de bebês prematuros foi preponderante para motivar a organização de um calendário específico e inédito em todo o mundo, para conscientizar e mobilizar toda a comunidade envolvida na assistência a esses pequenos pacientes de risco.
O objetivo é alertar tanto a comunidade médica, pais e cuidadores de bebês, como toda a população, sobre a importância e os benefícios do calendário de vacinação específico para os prematuros, que é diferente do calendário dos bebês que nascem no tempo normal.
O Dr. Kfouri alerta, inclusive, para a importância da vacinação das pessoas envolvidas com os cuidados do bebê contra algumas das doenças previstas no calendário.
A proteção contra o VSR é indicada durante os meses de maior circulação do vírus que vai de março a setembro (devem ser aplicadas cinco doses ao longo de cinco meses).
A campanha orienta ainda sobre a forma e periodicidade de imunização contra doenças como tuberculose, hepatite B, pneumonia, gripe, poliomielite, diarréia pelo rotavírus e as enfermidades cobertas pela vacina tríplice (tétano, difteria e coqueluche).
A orientação ora lançada pretende envolver todos os estados brasileiros durante os próximos meses, época de maior risco de proliferação das viroses respiratórias.