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Desde que o homem começou a cultivar os alimentos para sua subsistência, percebeu que essas plantações eram destruídas por microorganismos, insetos e animais. Notou que eram enfraquecidas por plantas que competiam pelo mesmo alimento e que até mesmo o clima poderia destruir sua plantação.
Alimento transgênico é aquele que recebeu, nos núcleos de sua células, genes de vírus ou bactérias, introduzidos por engenharia genética. Já no melhoramento genético convencional, plantas são cruzadas entre si. O conceito é semelhante para animal transgênico.
Para a introdução de genes diferentes em plantas é necessário utilizar como ferramenta o que a engenharia genética chama de vetor de transformação: “parasitas genéticos”, as vezes indutores de tumores e outras enfermidades. Esses vetores levam genes marcadores que conferem resistência a antibióticos.
A plantação de transgênicos tem avançado a cada ano nos países onde foram liberados. No Brasil o plantio ainda é feito em caráter experimental, mas já há projetos no Congresso para liberação destes alimentos.
Não se sabe ainda se os alimentos geneticamente modificados afetam a saúde humana. A técnica utilizada é muito recente para garantir que não surjam problemas no futuro. Um grande número de genes poderá ser disperso, sem controle, no meio ambiente, com consequências imprevisíveis. As culturas geneticamente modificadas podem ter uma vantagem competitiva e eliminar os animais e as plantas que existem atualmente na natureza.
Há também um problema ético-cultural, pois genes de bactérias, vírus e até de animais têm sido introduzidos em plantas. Este fato cria sérios problemas aos vegetarianos e aos fiéis de certas crenças religiosas.
Consumidores têm o direito de escolher entre alimentos transgênicos ou não. Em alguns países ambas as colheitas têm sido misturadas e os alimentos têm sido processados conjuntamente. Muitos podem já estar consumindo transgênicos sem saber. Cabe agora ser cobrado das autoridades rigor na rotulagem dos alimentos e esclarecimento à população a respeito destes, da forma mais neutra, pois há muito interesse comercial e pouca certeza a respeito desta nova tecnologia. Os seres humanos podem estar sendo usados como “cobaias” de uma tecnologia de consequências ainda desconhecidas.