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Alimentação na fase pré-escolar


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Nesta idade a criança tem um ritmo de crescimento regular e ponderado para ambos os sexos, somente a partir da idade pré-pubertária o sexo da criança irá interferir tanto em seu crescimento quanto em sua alimentação.

Na longa faixa de idade que vai do pré-escolar (2 a 6 anos) a do escolar (6 a 12 anos) a alimentação da criança pode e deve adequar-se a alimentação dos adultos de sua casa.

É nesta fase que a criança está desenvolvendo os seus sentidos e diversificando os sabores, e com isso formando suas próprias preferências.

Deve-se dar extrema importância ao fato da criança estar em pleno desenvolvimento e que para isso uma dose suficiente de proteínas, vitaminas e minerais, entre eles o ferro e o cálcio, será essencial para o seu crescimento e desenvolvimento perfeito.

Adequar a alimentação da criança a dos pais não significa dar à elas todos os alimentos que os adultos estão ingerindo em casa. Evitar refrigerantes e substituí-los por suco natural é recomendado. Não servir doces entre as refeições e introduzir uma grande variedade de legumes e verduras em suas refeições são chaves da ‘boa alimentação’, hábito que uma vez adquirido segue com o indivíduo para o resto de sua vida.

Nesta fase é natural que a criança recuse um ou vários tipos de alimentos. É a fase do “Eu não quero”, em que a criança, descobrindo as suas próprias preferências, diz não a tudo o que ela pensa não ser bom para ela. Ou ainda, distraída com essa ou aquela brincadeira, a criança simplesmente esquece de comer.

É muito comum os pais usarem uma certa “chantagem” alimentar com a criança, dizendo que se não comer espinafre não vai jogar bola, ou ainda que se não comer chuchu, não vai comer a sobremesa. É uma tática que muitas vezes dá certo, porém, a criança passa a associar o fato de comer um alimento que não gosta a um prêmio ou o não comer a um castigo, fazendo com que ela apenas coma por obrigação, não criando portanto um hábito alimentar sadio.

Uma criança sadia não recusará comida se estiver realmente com fome. Como o metabolismo da criança difere do adulto, a criança pode realmente não sentir fome se o intervalo entre as refeições dos adultos não for suficientemente razoável para ela.

Um problema muito discutido atualmente é a obesidade infantil. É preciso saber que o número de células adiposas se forma na infância e segue com a pessoa pelo resto da vida.

As dietas que se fazemos depois desse número formado, servem para “murchar” as células adiposas, mas não diminuir o seu número. Portanto aquela velha história de que bebê gordinho é mais saudável do que um bebê magrinho, não deve ser levada em consideração.

Se por um lado atualmente as crianças crescem mais e desenvolvem-se melhor, graças a uma mudança considerável na sua alimentação, por outro, o problema da obesidade infantil, hipertensão arterial e colesterol alto, vem crescendo em números alarmantes, nos fazendo perceber que um melhor controle sobre o que nossos filhos estão ingerindo, seja em casa, na escola, ou mesmo em passeios, poderão evitar problemas futuros (que a cada geração chegam mais cedo).

Um cardápio balanceado, contendo sempre alimentos variados de cada grupo garante suporte nutricional adequado para um bom desenvolvimento e uma boa manutenção da saúde de nossas crianças.

Neste mês, trago uma idéia de como introduzir alimentos nas refeições das crianças sem que elas digam ‘não’ antes mesmo de provar.


Publicado em: 01/09/1999. Última revisão: 30/09/2024
 COLABORADORES 
Adriana Maria Adriana Maria - é nutricionista graduada pelo IMEC / RS e Técnica em Nutrição e Dietética pela ETE Júlio de Mesquita de Santo André / SP
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