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Morrer é uma das condições da vida. Assim, desde que nascemos, sabemos que o tempo que estaremos entre nossos contemporâneos será limitado e que, depois de 50 ou 70 anos de saúde, a decadência do organismo trará consigo enfermidades.
A apenas alguns séculos atrás, viver até os 50 anos era considerado um feito, atualmente o progresso tecnológico e o maior conhecimento sobre os hábitos de vida, produzem reflexo direto sobre o tempo de vida que permanecemos no planeta.
E a medicina segue prometendo longa vida: a genética pretende eliminar muitas das enfermidades com as quais viemos predestinados, assim mesmo, outros esforços centram-se em entender o porquê do envelhecimento do corpo.
Danith Ly, co-autora de um estudo realizado no Scripps Research Institute, em San Diego, Estados Unidos, explicou para a Saúde na Internet que o envelhecimento é o resultado da incapacidade das células em multiplicar-se sem alterações.
Mesmo que complexa, a nova visão dessa equipe de científicos norte-americanos explica o envelhecimento das células como uma falha no “controle de qualidade”, no momento da sua divisão. Essa falha seria a responsável pelas doenças próprias da velhice.
Divisão celular
Segundo as investigações, a razão pelo envelhecimento encontra-se no fato de que as células deixavam de dividir-se (mitose) depois de realizado o processo 50 ou 60 vezes.
Supunha-se que, ao término do processo de reprodução, a célula entraria em um período de descanso, culminando com a morte.
As novas investigações dos científicos norte-americanos demonstraram um novo ponto de partida na luta pela juventude eterna: “aquelas (células) que contém defeitos serão detidas (sem poder se reproduzir) e reparadas antes de entrar na mitose”, explica Danith Ly.
Entretanto, agrega a especialista, este descobrimento é apenas o começo porque, somado ao projeto do Genoma Humano, pode-se alcançar importantes avanços na luta contra o envelhecimento.
Perda do controle
Para chegar a essas conclusões, os cientistas estudaram a divisão de células doadas por jovens, adultos, idosos e pacientes com progeria; uma doença que acelera o envelhecimento.
Dos 6.000 genes analisados, cerca de 61 apresentaram alterações diferentes às produzidas por câncer, doença na qual as células são uniformemente disfuncionais.
No caso desses genes, tratava-se de um envelhecimento celular ligado a certas partes do corpo.
Essas alterações, notaram os doutores, eram o resultado da debilidade do sistema de controle das células para evitar que o erros continuassem se reproduzindo.
Assim, tal como em uma fábrica, o controle de qualidade das células é o culpado pelo envelhecimento.
A especialista norte-americana explica que, como conseqüência do envelhecimento, e dado que as células com falhas genéticas continuam se reproduzindo, produz-se uma espécie de caos; uma perda do equilíbrio da célula em si e das doenças próprias do envelhecimento.
As novas descobertas para a decadência do organismo, deram a razão para que os especialistas possam denominar o envelhecimento como uma enfermidade do “controle de qualidade”.
Entretanto, as notícias apontadas por esse estudo não servem para que a genética possa elaborar um plano de ação que leve à vida eterna.
Danith Ly destaca que existe uma relação indireta entre a taxa de metabolismo e o dano no DNA.
Então, especula, manter um estilo de vida saudável, restringir a ingestão de calorias e tomar um suplemento de antioxidantes poderiam ser os passos a seguir, senão para prolongar a vida, ao menos para manter-se saudável.